quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A escola da Zona Sul da Capital conquistou o título com enredo sobre os vinhos do Brasil

Restinga é bicampeã do Carnaval de Porto Alegre


A Restinga é bicampeã do Carnaval! Após a passagem das dez escolas do Grupo Especial nas noites de sexta-feira e sábado, Império da Zona Norte, Imperadores do Samba e Restinga fizeram desfiles para brigar pelo título máximo em Porto Alegre. E o favoritismo da Tinga se confirmou após a leitura das notas na apuração realizada no Porto Seco, na tarde desta terça-feira. 
Logo no primeiro quesito avaliado, bateria, quatro agremiações receberam os 30 pontos máximos e despontaram na briga: Imperatriz, IAPI, Imperadores e Restinga. No entanto, quando a harmonia foi avaliada, somente as duas últimas permaneceram no páreo. Foi no julgamento da evolução que a Imperadores ultrapassou a Tinga, que perdeu um décimo, e reinou absoluta no primeiro lugar. Mas por pouco tempo.
O enredo virou o jogo. O primeiro jurado, Enildo do Rosário, descontou dois décimos da Restinga, mas tirou cinco da Imperadores. O segundo, Felipe Valdez, deu nota dez para a verde e vermelha, e nota nove para a alvi-rubra. O último, Luiz Carlos Rangel, tirou 0,2 do enredo sobre o vinho e deu dez para a homenagem ao senador Paulo Paim.
Após abrir uma diferença grande das concorrentes, não foi possível tirar o título da Restinga. No Porto Seco, a torcida nem ligou para o temporal e comemorou muito. A festa se estendeu para a quadra da escola na Zona Sul da Capital.
O desfile da campeã
Com o enredo Da mitologia à realidade: a Tinga de taça na mão! Vinhos do Brasil, sinônimo de qualidade, saúde, prazer e prosperidade, a escola mostrou luxo, cadência e empolgação, que contagiou o público de pé nas arquibancadas.
Os sátiros da comissão de frente abriram o caminho para as baianas, o primeiro casal de mestre-sala e porta-bandeira, Chula e Pricila, e o abre-alas, todos em tons de verde e roxo, a cor das uvas. No primeiro carro, contornado com neon, o cisne símbolo da agremiação movia as asas e cinco casais simulavam posições sexuais representando os bacanais da época romana. No alto, mulheres cobertas somente por um tecido transparente, deixando a mostra os seios.
Os integrantes da bateria, trajados de bandeirantes nas cores da Itália e da própria Restinga, fizeram movimentos coordenados sob o comando do Mestre Guto. Eles refletiram o ritmo da agremiação, vibrante até o fim. As fantasias, todas bem acabadas e com adereços de cabeça e costas muito altos, deram um toque especial. Os carros acompanharam o estilo, grandes e iluminados.
A escola encerrou sua passagem pelo Porto Seco distribuindo quatro toneladas de uva. Mesmo após passar pelo primeiro setor, as milhares de pessoas continuavam em pé e cantando o samba.




Márcia Simões  |  marcia.simoes@diariogaucho.com.br

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